Estou em Jurerê para passar alguns dias de férias.....é uma praia muito bonita....tem casas que mais parecem castelos...as ruas são bem sinalizadas com nomes de peixes....não existem grades entre as residências...a gente sente segurança pelas ruas...O mar é limpo e quente....e lindo..muito lindo....se vê morros nas duas extremidades da praia e ilhas à frente...tudo com muito verde...também muitas lanchas, caiaques, boias, barcos e outros apetrechos afins.Tudo muito colorido.Além disso, as Gaivotas ficam se exibindo para os banhistas.
Tem muita gente de alto poder aquisitivo por aqui.Se ouve ruido de Ferraris e outros carros deste nível.Vem muitas pessoas conhecidas..Ví o Zezé Di Camargo e soube de vários outros que costumam vir para cá.
Então... se imagine numa praia como essa....a beira do mar..olhando para tudo isso que já falei e mais....homens e mulheres sarados e muito bronzeados passando de um lado para outro...Sim, aqui parece que há uma convenção deles.Passam a todo momento.De um lado para outro.Existem bares transados a beira Mar que reúnem todo este pessoal...Agora, coloque sol, muito sol nisso tudo...
Se consegui ser feliz na descrição da cena, neste momento, você já deve estar ouvindo o ruido do mar e vendo o céu azul com algumas nuvens brancas ao longe.
Pois, num lugar assim, com tanta coisa para admirar, eu não conseguia desviar a atençâo de um homem.É, de um homem.Um homem aparentemente simples.Rosto rude.Mais ou menos 50 anos.Barba por fazer.Barriga saliente.Meio desajeitado e caladão.Eu não ouvia a sua voz. Mas a presença dele era marcante para seu filho e os outros que o rodeavam.Todos queriam sua atenção.Ví um amigo pedir para jogar raquetes com ele, mas o filho se adiatou dizendo que agora a vez era dele.E lá se foram para o jogo.Jogavam mal...mas se diveriam a olhos vistos.Muito depois, o pai ainda atendeu ao amigo e jogou com ele.As brincadeiras se sucediam.O filho sempre chamando pelo pai.Muitas risadas e correrias.Brincadeiras com a água e, depois,também na areia.Teve uma que até achei de mal gosto.Enterraram o filho deitado somente com a cabeça de fora e faziam estátuas na areia.Primeiro colocaram um tronco no que seria o lugar do pênis do guri.Riram muito.Tiraram fotos.o paí sempre presente junto com os outros.Depois tiraram o tronco e fizeram seios.Como se a criança fosse uma mulher.Chegaram ao detalhe de fazer os mamilos e colocar uma madeirinha na ponta para fazer o mais parecido possível.Mais fotos....tiram uma em que o pai estava com a boca nestes seios de areia.Mas como já falei, este pai era caladão.
Não sabia por que esta cena me era tão marcante.E assim, o dia foi passando. No final da tarde voltamos para nosso apartamento.
Mais adiante, fomos ao calçadão onde sentamos ao ar livre para tomar café e comer alguma coisa.Ainda passeamos olhando as lojas e vendo o movimento.Depois, fomos jantar.E para terminar, mais um cafezinho com doces.
O dia tinha terminado.Voltamos ao apartamento e....cama.
Na madrugada, acordei de forma repentina e me peguei a pensar no homem da praia.Afinal quem era ele? Por que tinha me prendido tanto a atenção?Qual é o nome dele?O que ele tem de especial? Por que todos procuravam por ele?Não tinha nada de especial.Nem pelo nome lhe chamavam.Não é bonito.Não é atlético.Nem se ouvia a voz dele.Até desajeitado ele é.Por que tanto interesse?
Estas e outras perguntas não me saiam da cabeça.
Mas foi lembrando do comportamento do filho que ,com uma boa dose de emoção, me surgiu a resposta......Ele é...simplesmente um pai...um simples pai de verdade.
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2 comentários:
oi
Eu acho que tu viu o Paulo e o Marcelo.....to te sacaneando...legal o conto, tu daria para um bom escritor. Abraço.
Eliseu e Adriana
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